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Cooperação policial entre a Europa e a América Latina, fundamental para combater o crime transfronteiriço
Publicado 25/03/2021

Hoje, finalizamos a visita de estudos ao Centro Binacional de Cooperação Policial (CCPB) em Paso Canoas, entre a Costa Rica e o Panamá. Desde o dia 23 de março, as delegações dos países parceiros, Colômbia e Equador, por meio de especialistas que trabalham na Passagem Fronteiriça de Rumichaca, presenciaram as boas práticas implementadas em Paso Canoas para as adaptar aos seus respetivos territórios.

La cooperación policial entre Europa y América latina, clave para luchar contra el crimen transfronterizo

O CCPB de Paso Canoas, inaugurado em junho de 2019, foi desenvolvido seguindo o modelo europeu. Atualmente, integra os órgãos encarregados da segurança do Panamá e da Costa Rica, tendo estabelecido mecanismos para trabalhar em conjunto por meio da troca de dados e informações, coordenando patrulhas de polícia mistas fluviais e terrestres, sob um quadro legal de respeito pelos direitos humanos e ao princípio da soberania de ambos os Estados.

O Panamá e a Costa Rica foram países pioneiros na região em abordar a coordenação e a cooperação fronteiriça como uma diretriz estratégica para combater o crime transfronteiriço, uma tarefa que foi apoiada pelo programa EL PAcCTO da União Europeia, liderado conjuntamente pela FIIAPP e pela Expertise France com a colaboração da IILA e do Instituto Camões, que se comprometeu a acompanhar a implementação do Centro.

A visita contou com a presença das autoridades políticas, policiais e alfandegárias do Panamá e da Costa Rica, da Delegação da União Europeia, representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, do Ministério do Governo, do Ministério da Defesa da Colômbia e do Equador, além do pessoal da FIIAPP que trabalha/coordena o programa EUROFRONT.

Durante estes três dias, especialistas das passagens de fronteira do Panamá e da Costa Rica puderam estudar vários exemplos de cooperação fronteiriça entre França e Espanha. Além disso, tiveram a oportunidade de conhecer como se processa a vigilância e a perseguição transfronteiriça a nível europeu, bem como a readmissão de estrangeiros em situação irregular. Finalmente, foi realizada uma troca de conhecimentos entre especialistas europeus e latino-americanos sobre a criação e coordenação de patrulhas de polícia mistas, tanto terrestres como fluviais. A Central de Polícia de Paso Canoas, por sua vez, partilhou informações sobre os seus meios técnicos de comunicação externa e interna, os seus recursos informáticos e o seu funcionamento.

Em suma, esta visita de estudos permitiu aos países parceiros do EUROFRONT, Equador e Colômbia, observar "in situ" a forma de cooperar, colaborar e coordenar as ações com o país vizinho e de que maneira os procedimentos e a metodologia de trabalho devem adaptar-se para gerar conjuntamente os perigos e ameaças que existem em fronteiras semelhantes. Isto permitirá que os especialistas do Equador e da Colômbia identifiquem as medidas, problemas e soluções comuns que enfrentaram em Paso Canoas e que podem servir de referência para a implementação de medidas na passagem fronteiriça de Rumichaca.